8 de Março–Dia Internacional da Mulher e a sua atuação em Rotary

A Mulher no Rotary - Uma História de Sucesso

Apesar de em 84 anos, Rotary só ter admitido homens em seus quadros, a verdade é que nunca prescindiu da participação das esposas de rotarianos desde sua fundação, pois Jean Thompson, esposa de Paul Harris, nos primeiros passos de nossa organização já permanecia ao lado do marido, quer seja como conselheira ou mesmo como autora de muitas atividades rotárias.

Em 1914, Am Brunir e Am Gundaker, também esposas de rotarianos, ao participarem da Convenção Internacional em Houston, Texas, surpreenderam tanto os rotarianos presentes que, a partir dai, carinhosamente cunharam a expressão "Rotary Ann", forma afetuosa de homenagem aquela participação feminina.

Em 1919 Awilda Arney, esposa do Presidente do RC Chicago fundou e presidiu a organização "Mulheres em Rotary", nome, entretanto vetado pela Convenção de 1921.

Em Manchester, Inglaterra, em uma reunião com esposas dos rotarianos foi proposta a criação de um Rotary Club de mulheres, pretenção também vedada por RI.

Em 1978 o Rotary Club de Duarte, na Califórnia, ao convidar tres senhoras, Mary Lou Elliot, Donna Bogaert e Rosemary Freitag para ingressarem em seu quadro associativo, no ano seguinte teve revogada sua Carta Constitutiva. Inconformado o clube estabeleceu uma ação contra Rotary International, acusando-o de violação às leis estaduais que impediam esta discriminação em estabelecimentos comerciais ou acomodações públicas. Após o processo tramitar por todas as instâncias da Justiça, a Suprema Corte dos Estados Unidos ratificou a decisão da corte californiana, ao fundamento de que, havendo nos Rotary Clubs um propósito de negócio, com estatutos similares às associações públicas, não podiam impedir o acesso das mulheres em seus quadros.

Acatando a incorporação da mulher em Rotary, um dos clubes do distrito de Seattle, convidou 15 damas para integrarem seus quadros. Em 1987 o Rotary Club de Duarte recebeu novamente sua Carta Constitutiva e, desta vez, com Sylvia Whytlock se tornando a primeira presidente de um clube de Rotary e, portanto, a participar de um Seminário de PETs.

Em 1988 Karilyn Van Soest, a segunda mulher na mesma função em um clube em Seattle e Sylvia Whythock foram as primeiras senhoras a assistirem uma Convenção Internacional como rotarianas.

Só em 1989, entretanto, o Conselho de Legislação alterou os Estatutos de RI eliminando a expressão que limitava apenas aos homens acesso ao Rotary.

No Brasil, a primeira mulher a ser indicada como Governadora foi Adelia Antonieta Villas, que esteve a frente do Distrito 4570 no ano rotário 1998-1999.

A primeira rotariana na América Latina foi a companheira Emma Hildinger do Rotary Club São José dos Campos.

Rotarianas do Rotary Club de Santos: Hortência, Elizabeth, Marleme, Clarice, Deborah, Terezinha, Regina Cláudia e Alda.

ATUALIZAÇÃO - Hortência Martinez Soares BenetteElizabeth Augusto FernandesMarlene Mota Zamariolliclarissedeboraterezinhafoto26alda

As Mulheres no Rotary - Histórico

      Para falar sobre a mulher no Rotary, é importante fazermos uma reflexão. Quantos companheiros cada um de nós já apadrinhou uma mulher? Desses afiliados, quantos são do sexo feminino? Este tema e tão vasto que escolhemos a mulher como protagonista do desenvolvimento do quadro social. Não falaremos de discriminação nem tão pouco das lutas das mulheres conseguirem um lugar no mercado de trabalho ou não sociedade. Temos duas perguntas sobre isso. A primeira: quais são a vocação, a ambição e o desafio da mulher? A segunda: o que os homens pensam disso.

      Pode parecer simples questionar o que o Rotary mais precisa, a sua essência – o desenvolvimento do quadro social – e o que alguns rotarianos mais temem: mulheres nos seus clubes. O que aqueles clubes que não admitem mulheres fazem com suas interactianas, rotaractianas, intercambistas, intercambistas de IGE e com suas bolsistas? Ou será que as mulheres não participam desses programas?

      No entanto, há mais de 70 anos a mulher já questionava o Rotary, precisamente desde 1934, de acordo com a matéria publicada pela Brasil Rotário (edição de 1999) intitulada “A Carta de Eugênia”. Diz à revista que Eugênia Harmann escreveu a Paul Harris indagando se fora propositalmente ou por um lapso que a mulher havia sido excluída quando foram concebidas as linhas mestras que regia o Rotary International. 
Fonte: “Silvia Maria de Campos” em: http://www.rotary.org.

Admissão de Mulheres no Rotary

      A admissão de fato de mulheres aos Rotarys Clubs do mundo inteiro foi decidida por votação na reunião do conselho de 1989, um momento marcante na historia do Rotary

      A votação foi resultado de décadas de esforços de homens e mulheres do mundo inteiro e diversas votações anteriores em reuniões do conselho de legislação.

      A resposta foi avassaladora: em 1990, o número de rotarianas havia disparado para mais de 20.000.

      Vinte anos depois da votação, o Rotary conta com quase 188.000 rotarianas. As mulheres vêm ocupando posições de alto escalão e lideranças no conselho direto do RI e no conselho de curadores da Fundação Rotária. 
Fonte:Susan Hanf e Donna Polydoros, Notícias do Rotary Interational, 1º de outubro de 2009, http://www.rotary.org/pt/mediamandmews/mages-011001_news_history.aspx

Dia Internacional da Mulher

Día Internacional de la Mujer - Barcelona 2009 - 004.jpg
Manifestação no Dia Internacional da Mulher em Barcelona, 2009.

Relembra as lutas sociais, políticas e econômicas das mulheres.

O Dia Internacional da Mulher, celebrado a 8 de Março, tem como origem as manifestações das mulheres russas por "Pão e Paz" - por melhores condições de vida e trabalho e contra a entrada do seu país na Primeira Guerra Mundial. Essas manifestações marcaram o início da Revolução de 1917. Entretanto a ideia de celebrar um dia da mulher já havia surgido desde os primeiros anos do século XX, nos Estados Unidos e na Europa, no contexto das lutas de mulheres por melhores condições de vida e trabalho, bem como pelo direito de voto.

No Ocidente, o Dia Internacional da Mulher foi comemorado no início do século, até a década de 1920.

Na antiga União Soviética, durante o stalinismo, o Dia Internacional da Mulher tornou-se elemento de propaganda partidária.

Nos países ocidentais, a data foi esquecida por longo tempo e somente recuperada pelo movimento feminista, já na década de 1960. Na atualidade, a celebração do Dia Internacional da Mulher perdeu parcialmente o seu sentido original, adquirindo um caráter festivo e comercial. Nessa data, os empregadores, sem certamente pretender evocar o espírito das operárias grevistas do 8 de março de 1917, costumam distribuir rosas vermelhas ou pequenos mimos entre suas empregadas.

1975 foi designado pela ONU como o Ano Internacional da Mulher e, em Dezembro de 1977, o Dia Internacional da Mulher foi adotado pelas Nações Unidas, para lembrar as conquistas sociais, políticas e económicas das mulheres, mas também a discriminação e a violência a que muitas delas ainda são submetidas em todo o mundo.[1]

Origem

A ideia da existência de um dia internacional da mulher surge na virada do século XX, no contexto da Segunda Revolução Industrial e da Primeira Guerra Mundial, quando ocorre a incorporação da mão-de-obra feminina, em massa, na indústria. As condições de trabalho, frequentemente insalubres e perigosas, eram motivo de frequentes protestos por parte dos trabalhadores. Muitas manifestações ocorreram nos anos seguintes, em várias partes do mundo, destacando-se Nova Iorque, Berlim, Viena (1911) e São Petersburgo (1913).

O primeiro Dia Internacional da Mulher foi celebrado em 28 de Fevereiro de 1909 nos Estados Unidos, por iniciativa do Partido Socialista da América[2], em memória da greve das operárias da indústria do vestuário de Nova York, em protesto contra as más condições de trabalho[carece de fontes].

Em 1910, ocorreu a primeira conferência internacional de mulheres, em Copenhaga, dirigida pela Internacional Socialista, quando foi aprovada proposta da socialista alemã Clara Zetkin, de instituição de um dia internacional da Mulher, embora nenhuma data tivesse sido especificada.[3]

No ano seguinte, o Dia Internacional da Mulher foi celebrado a 19 de Março, por mais de um milhão de pessoas, na Áustria, Dinamarca, Alemanha e Suíça.[4]

Poucos dias depois, a 25 de Março de 1911, um incêndio na fábrica da Triangle Shirtwaist mataria 146 trabalhadores - a maioria costureiras. O número elevado de mortes foi atribuído às más condições de segurança do edifício. Este foi considerado como o pior incêndio da história de Nova Iorque, até 11 de setembro de 2001. Para Eva Blay, é provável que a morte das trabalhadoras da Triangle se tenha incorporado ao imaginário coletivo, de modo que esse episódio é, com frequência, erroneamente considerado como a origem do Dia Internacional da Mulher.[5]

Em 1915, Alexandra Kollontai organizou uma reunião em Christiania (atual Oslo), contra a guerra. Nesse mesmo ano, Clara Zetkin faz uma conferência sobre a mulher.

Na Rússia, as comemorações do Dia Internacional da Mulher foram o estopim da Revolução russa de 1917. Em 8 de março de 1917 (23 de fevereiro pelo calendário juliano), a greve das operárias da indústria têxtil contra a fome, contra o czar Nicolau II e contra a participação do país na Primeira Guerra Mundial precipitou os acontecimentos que resultaram na Revolução de Fevereiro. Leon Trotsky assim registrou o evento: “Em 23 de fevereiro (8 de março no calendário gregoriano) estavam planejadas ações revolucionárias. Pela manhã, a despeito das diretivas, as operárias têxteis deixaram o trabalho de várias fábricas e enviaram delegadas para solicitarem sustentação da greve. Todas saíram às ruas e a greve foi de massas. Mas não imaginávamos que este ‘dia das mulheres’ viria a inaugurar a revolução”.[6]

 

alt

alt

Membros da Women's International League for Peace and Freedom, emWashington, D.C., 1922.

alt

alt

Berlim Oriental, Unter den Linden, (1951). Retratos de líderes da IDFF, na 41°edição do Dia Internacional da Mulher.

Após a Revolução de Outubro, a feminista bolchevique Alexandra Kollontai persuadiu Lenin para torná-lo um dia oficial que, durante o período soviético, permaneceu como celebração da "heróica mulher trabalhadora". No entanto, o feriado rapidamente perderia a vertente política e tornar-se-ia uma ocasião em que os homens manifestavam simpatia ou amor pelas mulheres - uma mistura das festas ocidentais doDia das Mães e do Dia dos Namorados, com ofertas de prendas e flores, pelos homens às mulheres. O dia permanece como feriado oficial na Rússia, bem como na Bielorrússia, Macedónia, Moldávia e Ucrânia.

Na Tchecoslováquia, quando o país integrava o Bloco Soviético (1948 - 1989), a celebração era apoiada pelo Partido Comunista. O MDŽ (Mezinárodní den žen, "Dia Internacional da Mulher" em checo) era então usado como instrumento de propaganda do partido, visando convencer as mulheres de que considerava as necessidades femininas ao formular políticas sociais. A celebração ritualística do partido no Dia Internacional da Mulher tornou-se estereotipada. A cada dia 8 de março, as mulheres ganhavam uma flor ou um presentinho do chefe. A data foi gradualmente ganhando um caráter de paródia e acabou sendo ridicularizada até mesmo no cinema e na televisão. Assim, o propósito original da celebração perdeu-se completamente. Após o colapso da União Soviética, o MDŽ foi rapidamente abandonado como mais um símbolo do antigo regime.

No Ocidente, o Dia Internacional da Mulher foi comemorado durante as décadas de 1910 e 1920. Posteriormente, a data caiu no esquecimento e

Fonte: Wikipédia, a enciclopédia livre.

1950 - Um Rotary club indiano propõe uma emenda para a eliminação da palavra "masculino" dos Estatutos Prescritos para o Rotary Club na reunião do Conselho de Legislação, na Convenção do RI em 1950.
1964 - A programação do Conselho de Legislação contém uma emenda proposta por um Rotary Club de Seilão (actual Sri Lanka), a solicitar a admissão de mulheres nos Rotary Clubs. Os delegados votam a retirada da proposta. Duas outras propostas, a solicitar que mulheres fossem elegíveis como Sócias Honorárias, também são retiradas.
1972 - À medida que as mulheres adquirem mais destaque nas suas profissões, mais clubes começam a solicitar permissão para serem admitidas. No Conselho de Legislação de 1972, um Rotary Club americano propõe a admissão de mulheres em Rotary.
1977 - Três propostas para admissão de mulheres são encaminhadas ao Conselho de Legislação, para consideração, na Convenção de 1977. Um clube brasileiro propõe que as mulheres sejam admitidas a título de Sócias Honorárias.

O Rotary Club de Duarte, na Califórnia, EUA, admite mulheres no seu quadro social violando os Estatutos do RI e os Estatutos Prescritos para o Rotary Club. Devido a tal violação, o clube é desactivado em Março de 1978, sendo reactivado apenas em Setembro de 1986.

1980 - O Conselho Director do RI e Rotary Clubs da Índia, Suécia, Suíça e Estados Unidos propõem uma emenda segundo a qual deveriam ser removidas dos Estatutos e do Regimento Interno do clube e do RI, quaisquer referências aos associados, que dessem a entender que eles eram do sexo masculino.
1983-86 - Em processo movido pelo clube de Duarte, em 1983, o Tribunal Superior da Califórnia dá vitória ao Rotary International, mantendo que as mulheres não deveriam ser admitidas em Rotary Clubs naquele estado.
1986 - O Tribunal de Justiça da Califórnia reverte a decisão, evitando que a provisão fosse adoptada. A Suprema Corte da Califórnia recusa-se a aceitar a apelação e o caso é levado à Suprema Corte dos Estados Unidos.
1987 - A 4 de Maio, a Suprema Corte dos Estados Unidos decide que os Rotary Clubs não podem impedir a admissão de mulheres no seu quadro social. O Rotary declara que qualquer Rotary Club nos Estados Unidos tem permissão para admitir mulheres qualificadas. O Conselho "incentiva os clubes nos Estados Unidos a avaliar a admissão dos candidatos de forma imparcial, sem levar em consideração o seu género sexual".

O Rotary Club de Marin Sunrise, na Califórnia (antigo Larkspur Landing) é fundado em 28 de Maio, tornando-se o primeiro clube a admitir mulheres depois da decisão da Suprema Corte dos Estados Unidos. Sylvia Whitlock, do Rotary Club de Duarte, Califórnia, foi a primeira mulher a ser presidente de um Rotary Club.

1988 - Em Novembro, o Conselho Diretor de RI reconhece o direito de Rotary Clubs no Canadá admitirem mulheres com base numa lei canadiana semelhante à sustentada pela Suprema Corte dos Estados Unidos.
1989 - Na sua primeira reunião após a decisão da Suprema Corte dos Estados Unidos em 1987, o Conselho de Legislação decide, por votação, que as mulheres poderiam fazer parte do quadro social de qualquer Rotary Club no mundo.
1990 - Em Junho, existem aproximadamente 20.200 rotárias no mundo inteiro.
1995 - Em Julho, 8 mulheres tornam-se as primeiras Governadoras de Distrito.
2005 - Carolyn E. Jones começa o seu mandato como a primeira mulher Curadora da Rotary Foundation, servindo de 2005 a 2009.
2007 - Em Julho, 63 Distritos são governados por mulheres. No mundo inteiro, 25.227 clubes contam com mulheres no seu quadro social, totalizando 177.859 rotárias.
2008 - Catherine Noyer-Riveau torna-se a primeira mulher a fazer parte do Conselho Director de RI. O seu mandato terminou em Junho de 2010.
2009 - Existem 187.967 rotárias no mundo e 63 delas são Governadoras de Distrito.
Texto e imagem de Notícias de Rotary

0 Response to "8 de Março–Dia Internacional da Mulher e a sua atuação em Rotary"

Postar um comentário